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DIGESTIBILIDADE EM PEPSINA: ENTENDA SOBRE ESSA ANÁLISE
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Digestibilidade
proteica em pepsina sobrenadante é um dos métodos enzimáticos mais
utilizado quando se deseja avaliar a qualidade da proteína das farinhas de
origem animal, sendo reconhecido internacionalmente pela Association of
Official Analytical Chemists (AOAC).
Método
“in vitro” acompanhado de sistema enzimático apresenta características
semelhantes àquelas do trato gastrintestinal. Tendo como maior desafio conseguir
reproduzir laboratorialmente o complexo mecanismo de digestão que acontece
dentro do trato digestório dos animais.
O
QUE É PEPSINA?
A pepsina é uma enzima digestiva produzida pelas paredes do estômago e secretada pelo suco gástrico, sua função é desdobrar as proteínas em peptídeos mais simples. Ela só reage em meio ácido, por isso o estômago também produz ácido clorídrico (HCl). Em contato com o ácido clorídrico, o pepsinogênio (enzima inativa que está presente no suco gástrico) transforma-se na pepsina, que é ativa.
PORQUE
FOI DESENVOLVIA A ANÁLISE DE DIGESTIBILIDADE EM PEPSINA?
A
utilização de subprodutos de origem animal como fonte alternativa de proteína
para rações, além de reduzir os custos, aumenta o lucro dos abatedouros
avícolas e evita a poluição ambiental, que poderia ser causada caso esses
resíduos fossem descartados no meio ambiente. As farinhas de origem animal são
fontes de cálcio, fósforo, aminoácidos e energia.
METODOLOGIAS
No Brasil a metodologia mais utilizada é a recomendada pelo Compêndio Brasileiro de Nutrição Animal, sendo semelhante à AOAC (referência mundial) e amplamente aceita pela indústria de alimentos por ser relativamente simples, de baixo custo, rápida e por possibilitar comparações entre grande número de amostras simultaneamente.
ENTENDA
COMO A ANÁLISE É FEITA
Para
que a digestibilidade em pepsina seja realizada, é muito importante que amostra
seja preparada, seguindo os steps:
Ø Moagem em moinho com refrigeração - TE-631/4
Ø Desengordura em sistema para determinação de gordura - TE-045/8
Ø Seca em estufa com circulação e renovação de ar - TE-394/1-MP
Ø Pesa em balança analítica - SHI-AUY-220
Após preparo e pesagem a digestão é realizada em agitação constante e incubação em frascos contendo solução de pepsina e de ácido clorídrico, certificando-se de que toda a amostra está em contato com a solução, em Estufa para Digestibilidade em Pepsina - TE-029, por 16 horas, a temperatura de 45 ± 2°C agitação constante de 15 R.P.M.
Após o tempo necessário é realizada a filtração, sendo o papel filtro juntamente com os resíduos, colocados em tubos de digestão.
Ao final, é realizada a determinação do nitrogênio total
Kjeldahl ou proteína bruta no resíduo e no sobrenadante. Para essa análise pode
ser utilizado o sistema para determinação de proteína macro, que é composto:
Ø Bloco digestor 8 provas com rampas e patamares – TE-0081/50
o Realiza a digestão da amostra para posterior análise de
nitrogênio
Ø Galeria Exaustora – TE-008/50-GE
o Faz a exaustão e aspiração de gases
Ø Neutralizador de gases – Scrubber – TE-152
o Neutraliza e dilui gases e vapores ácidos da digestão
Ø Destilador de nitrogênio – TE-0364 (semiautomático), TE-0366(automático), TE-0365/1 (3 provas simultâneas)
o Faz a destilação de nitrogênio amoniacal, bases voláteis
totais (BVT)
Paralelamente deve-se realizar uma prova em branco
envolvendo as soluções utilizadas.
Se quer saber mais sobre a análise de nitrogênio, clique aqui e abaixe o e-book que elaboramos especificamente sobre essa análise, ou,
se preferir, assista o vídeo que disponibilizamos em nosso canal clicando aqui.
CÁLCULOS
Digestibilidade em pepsina (resíduo) =
Onde:
A = % de proteína no resíduo com ácido + pepsina
B = % de proteína no resíduo com ácido (sem pepsina)
PB =
% de proteína bruta
Digestibilidade em pepsina (sobrenadante) =
Onde:
A = % de proteína no sobrenadante com ácido + pepsina
B = % de proteína no sobrenadante com ácido (sem
pepsina)
PB = % de proteína bruta
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REFERÊNCIAS
AOAC. Official methods of
analysis of AOAC International. Pepsin Digestibility of Animal Protein
Feeds (AOAC. Method 971.09). 21th
ed. Gaithersburg (MD); 2019.
Compêndio Brasileiro de Alimentação Animal: Guia de Métodos Analíticos. 2.ed. São Paulo: ANFAR, 2005. 204p.
Digestibilidade das
Proteínas Animais. Disponível em: <https://www.editorastilo.com.br/colunistas/digestibilidade-das-proteinas-animais/>.
Acesso em: 28 jul 2020.
SILVA J M S, GOUVEIA A B V S, SILVA W J,
PAULO L M, SANTOS F R, MINAFRA C S. Uso de enzimas para aumentar a qualidade
nutricional de farinhas de origem animal. Revista Pubvet v.12, n.8, a156,
p.1-13, Agosto, 2018.
TECNAL. Catálogo de Produtos Tecnal. Disponível em: < https://tecnal.com.br/pt-BR/home>. Acesso em: 29 jul 2020.