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Quando utilizar um moinho de jarros?
TE-500/1
O moinho de jarros
também chamado de moinho de bolas é um equipamento giratório, estruturado para
acomodar um ou mais cilindros (ou jarros) horizontais que são preenchidos parcialmente
com esferas, além do material a ser moído. Através de movimento rotacional promove
a sucessiva colisão de esferas, responsáveis pela quebra progressiva do material,
reduzindo-o em partículas menores. As ações de choque e cisalhamento provocam
redução do material a uma granulometria mais fina, sendo indicado para
materiais de alta dureza e difícil fragmentação.
A utilização de
esferas (ou bolas) de material com alta densidade é capaz de proporcionar uma
moagem mais eficiente e garantir a obtenção de partículas mais finas. Além da
densidade, esferas de menor diâmetro são recomendadas para obter uma
granulometria mais fina, enquanto esferas com maior diâmetro devem ser
empregadas para uma moagem mais grossa.
UTILIZAÇÃO
Esses moinhos são tipicamente utilizados para redução
do tamanho de partículas ou para a mistura de diferentes materiais. A
técnica é utilizada em ambiente industrial e laboratorial no processamento de
fármacos, minérios, fertilizantes, alimentos, metais, tintas, argamassas,
materiais refratários, cerâmicas e outros produtos. Em escala industrial, os
moinhos de jarros são amplamente utilizados para fabricação de cimento e
tintas.
Em alguns casos
pode-se adicionar ao moinho determinados fluidos que favoreçam o processo de
moagem, se caracterizando por uma moagem via úmida. A eficiência de ambos os
processos depende de vários aspectos, mas normalmente observa-se que a moagem
via úmida é útil para obtenção de partículas mais finas.
MOINHOS DE JARROS PARA LABORATÓRIOS
Vários tipos de materiais são adequados para uso em
moinhos, cada um com suas propriedades e vantagens. Para o uso em laboratórios,
geralmente são utilizadas esferas de porcelana que podem ou não conter alumina,
por se caracterizarem como um material com um ótimo custo-benefício, já que na maioria
das vezes o processo requer grande esforço mecânico, exigindo que o material
possua resistência (ao calor, corrosão e abrasão) e baixa condutividade térmica.
O material dos jarros ou cilindros podem variar, porém
é comum jarros de porcelana ou alumina, por serem materiais de alta
resistência a impactos, laváveis e com secagem rápida.
MOINHO DE JARROS - TE-500/1
O moinho de jarros, modelo TE-500/1, pode ser utilizado para moagem de material nas áreas mineração, alimentos, agricultura, metalúrgica, elétrica, farmacêutica, cosméticos, etc. A moagem é realizada através de impactos de alta energia entre amostra e as esferas e pelo atrito destas contra a parede do jarro, proporcionando a obtenção de partículas finas/pó. É o equipamento recomendado para fragmentação de amostras com elevada dureza com objetivo de obter uma granulometria ultrafina.
Utilizando jarro de porcelana (1 litro) e esferas de
porcelana com alumina, foram realizados testes de moagem com amostras de areia
grossa, vidro âmbar, cacau em torta, osso bovino (com tratamento químico e
térmico) para utilização em implantes odontológicos foram, onde foi possível
obter excelentes resultados. Os resultados da moagem de vidro âmbar estão apresentados
na Figura 1, onde após o peneiramento foi possível obter um pó com
granulometria fina equivalente a MESH 80 (0,18 mm).
Figura 1. Aspecto final de pedaços de vidro âmbar após
moagem
O tempo adequado
de moagem, velocidade de
rotação, número e tamanho das esferas devem ser definidas por
meio de testes de validação para cada material específico,
já o resultado final depende de suas propriedades, quantidade e granulometria inicial. Em
relação a quantidade de esferas para preenchimento do jarro, geralmente é
adotada a proporção de amostra + esferas igual ou inferior a 2/3 do volume do
jarro, de modo que um 1/3 do volume esteja livre para que ocorra o processo de
moagem.
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