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DQO vs DBO

DBO,DQO

         A similaridade entre os nomes destes dois parâmetros químicos analisados em águas e efluentes é um dos motivos de confusão e dúvidas sobre essas análises que podem fornecer indicativos de poluição, mas possuem significados bem diferentes.

          A Demanda Química de Oxigênio (DQO) ou Chemical Oxygen Demand (COD), é a quantidade de oxigênio necessária para decompor quimicamente a matéria orgânica enquanto a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) ou Biochemical Oxygen Demand (BOD) é a quantidade de oxigênio necessária para fazer isso biologicamente por meio de microrganismos.

 

O QUE É DBO?

       A Demanda Bioquímica de Oxigênio determina a quantidade de oxigênio dissolvido (OD) consumida por microrganismos para decompor (sob condições aeróbicas) a matéria orgânica presente em uma amostra durante um período de tempo e temperatura específica.

            A determinação da DBO consiste em realizar uma medição inicial de OD e uma medição final, após cinco dias de incubação a 20º C, sendo o resultado expresso em miligramas de oxigênio consumido por litro de amostra, referida como DBO5,20 ou DBO5. A taxa de do consumo de oxigênio depende de algumas características como temperatura, pH, tipo de microrganismos e material orgânico na amostra. 

            Quanto maior a DBO em um determinado corpo de água, menor é o oxigênio disponível para as formas de vida aquática e de modo geral é um indicador para avaliação da carga orgânica lançada nos recursos hídricos ou para verificação da eficiência de um sistema de tratamento de esgoto, quando se compara a DBO do esgoto bruto e do efluente final.

        Para análise deve ser utilizada uma Incubadora TE-371/240L ou Mini Incubadora para BOD TE-381/1, Oxímetro YSI-PRO 20i-4 ou Analisador Multiparâmetro de Bancada YSI-MULTILAB 4010-2W.







O QUE É DQO?

            A Demanda Química de Oxigênio determina a quantidade de OD necessária para oxidação da matéria orgânica de uma amostra por meio de um agente químico, como o dicromato de potássio.

                A DQO é o único método utilizado para medir a quantidade de resíduos industriais na água, que não podem ser medidos pela DBO, sendo uma análise indispensável em estações de tratamento de água e efluente. Além disso, é amplamente utilizado para fins operacionais pela rapidez na obtenção dos resultados, em comparação com a DBO.

           Para a análise é utilizado Digestor para DQO, modelo TE-128/6, seguida de determinação por titulação com a Bureta digital – Hirschmann, modelo 9392050, ou Titulador potenciométrico automático, modelo KEM-AT-710S. Outra opção é realizar a digestão no Bloco seco, modelo TE-021-DRY BLOCK, e determinação por calorimetria com Espectrofotômetro digital UV/VIS, modelo ESPEC-UV-5100o Analisador de DQO YSI-WQS 910 DQO também pode ser utilizado.




Tabela: Principais diferenças entre DBO e DQO



CONSIDERAÇÕES

            Os testes de DQO e DBO são realizados para determinar o nível de poluição de águas e efluentes, sendo que relação entre a DBO e DQO em efluentes e águas residuais é utilizada nas previsões das suas condições de biodegradabilidade.

            A relação DBO/DQO varia de acordo com o efluente e também à medida que o esgoto passa pelas diversas unidades da estação de tratamento a tendência é que esta relação aumente, devido à redução da fração biodegradável. Para efluentes domésticos essa relação varia entre 1,7 a 2,2, já para esgotos industriais esta relação pode variar amplamente. Segue abaixo alguns indicativos sobre a relação DQO/DBO5 (VON SPERLING, 2014)

 

- Relação DQO/DBO5 baixa (<2,5): a fração biodegradável é elevada, sendo indicado o uso de tratamento biológico;

 

- Relação DQO/DBO5 intermediária (de 2,5 a 4,0): a fração biodegradável não é elevada, sendo recomendado realizar testes de tratabilidade para validar a utilização de tratamento biológico;

 

- Relação DQO/DBO5 elevada (>4,0): a fração inerte (não biodegradável) presente no efluente é elevada, não sendo recomendado utilizar tratamento biológico e sim físico-químico.


SOBRE A TECNAL

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REFERÊNCIAS

CETESB: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Relatório de Qualidade das Águas Superficiais. Disponível em: <https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp content/uploads/sites/12/2013/11/Ap%C3%AAndice-D-Significado-Ambiental-e-Sanit%C3%A1rio-das-Vari%C3%A1veis-de-Qualidade-29-04-2014.pdf>.


VON SPERLING, Marcos. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 4. ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - Universidade Federal de Minas Gerais, 2014


YSI 910 COD Colorimeter Specification Sheet. Disponível em: https://www.ysi.com/File%20Library/Documents/Specification%20Sheets/W910-2-COD.pdf.